janeiro 01, 2010

LIÇÃO 28

Acima de tudo eu quero ver as coisas de modo diferente.

Hoje estamos realmente dando uma aplicação específica à idéia de ontem. Nesses períodos de prática estarás assumindo uma série de compromissos definidos. Se os manterás no futuro, não nos concerne agora. Se estás pelo menos disposto a assumi-los agora, já estás a caminho de mantê-los. E ainda estamos no começo.

Tu podes querer saber por que é importante dizer, por exemplo: “Acima de tudo, eu quero ver essa mesa de modo diferente.” Em si mesma, ela não tem a menor importância. Mas, o que é por si mesmo? E o que significa em si mesmo? Vês muitas coisas separadas à tua volta, o que na realidade significa que absolutamente não estás vendo. Vês ou não vês. Quando tiveres visto uma coisa de modo diferente, verás todas as coisas de modo diferente. A luz que verás em qualquer uma é a mesma luz que verás em todas.

Ao dizeres Acima de tudo, eu quero ver essa mesa de modo diferente, estás assumindo um compromisso para retirar as tuas idéias preconcebidas sobre a mesa e abrir a tua mente para o que ela é e para que serve. Não a estás definindo em termos passados. Estás perguntando o que ela é em vez de dizer-lhe o que ela é. Não estás prendendo o seu significado à tua diminuta experiência com mesas, nem limitando o seu propósito aos teus pequenos pensamentos pessoais.

Não questionarás o que já definiste. E o propósito destes exercícios é o de fazer perguntas e receber respostas. Ao dizeres Acima de tudo, eu quero ver essa mesa de modo diferente, estás te comprometendo a ver. Não é um compromisso exclusivo. É um compromisso que se aplica tanto à mesa quanto a qualquer outra coisa, nem mais nem menos.

De fato poderias ganhar a visão simplesmente a partir dessa mesa, se retirasses as tuas próprias idéias a seu respeito, e olhasses para ela com a mente completamente aberta. Ela tem algo para te mostrar: algo bonito e limpo e de valor infinito, cheio de felicidade e esperança. Escondido atrás de todas as tuas idéias sobre a mesa, está o seu real propósito, o propósito que ela compartilha com todo o universo.

Portanto, ao usar essa mesa como sujeito para a aplicação da idéia de hoje, na realidade, estás pedindo para ver o propósito do universo. Estarás fazendo o mesmo pedido a cada sujeito que usares nos períodos de prática. E estás assumindo um compromisso com cada um para deixar que o seu propósito seja revelado a ti, ao invés de colocar o teu próprio julgamento sobre ele.

Hoje teremos seis períodos de prática de dois minutos, nos quais a idéia para o dia é declarada em primeiro lugar e em seguida aplicada a qualquer coisa que vejas ao teu redor. Os sujeitos não só devem ser escolhidos ao acaso, como também a idéia deve ser aplicada a cada um com a mesma sinceridade, numa tentativa de reconhecer o valor igual de todos na sua contribuição para o teu modo de ver.

Como de costume, as aplicações devem incluir o nome do sujeito que os teus olhos tocarem por acaso e deves olhar para ele enquanto dizes:

Acima de tudo, eu quero ver esse (a) _____ de modo diferente.

Cada aplicação deve ser feita bem lentamente e, na medida do possível, refletidamente. Não há pressa.