janeiro 01, 2010

LIÇÃO 9

Eu não vejo nada tal como é agora.

Essa idéia, obviamente, decorre das duas precedentes. Mas, embora possas ser capaz de aceitá-la intelectualmente, é pouco provável que signifique alguma coisa para ti por enquanto. Contudo, a compreensão não é necessária neste ponto. De fato, o reconhecimento de que não compreendes é um pré-requisito para desfazer tuas falsas idéias. Estes exercícios concernem à prática, não à compreensão. Não precisas praticar aquilo que já compreendes. Ter como objetivo a compreensão e assumir que já a tens seria, de fato, andar em círculos.

É difícil para a mente não treinada acreditar que aquilo que ela parece retratar não existe. Essa idéia pode ser bastante perturbadora e pode e pode encontrar uma resistência ativa sob inúmeras formas. Mas isso não impede a sua aplicação. Nada mais do que isso é requerido para estes exercícios ou quaisquer outros. Cada pequeno passo esclarecerá um pouco da escuridão, e a compreensão finalmente virá para iluminar cada canto da mente que tenha sido esvaziado dos entulhos que o obscurecem.

Estes exercícios, para os quais bastam três ou quatro períodos de prática, envolvem olhar à tua volta e aplicar a idéia para o dia a qualquer coisa que vês, lembrando-te da necessidade de uma aplicação indiscriminada e da regra essencial de nada excluir. Por exemplo:

Eu não vejo esse computador tal como é agora.
Eu não vejo esse telefone tal como é agora.
Eu não vejo esse braço tal como é agora.

Começa com as coisas mais próximas de ti e depois estende o teu âmbito para fora:
Eu não vejo aquele portão tal como é agora.
Eu não vejo aquela árvore tal como é agora.
Eu não vejo aquele rosto tal como é agora.

Enfatiza-se mais uma vez que, embora não devas tentar a inclusão completa, tens que evitar qualquer exclusão específica. Certifica-te de estar sendo honesto contigo mesmo ao fazer essa distinção. Podes ser tentado a obscurecê-la.